As colheitadeiras são, com certeza, um dos equipamentos agrícolas mais utilizados em todo o mundo. Não à toa, precisam estar em perfeitas condições de uso. Não apenas para que o processo da colheita ocorra da melhor forma, mas para que desperdícios ou prejuízos não aconteçam em razão de problemas no equipamento.
Embora a colheitadeira atenda a uma série de culturas, o seu uso não é igual para todos os tipos de grãos. Por isso é tão importante que ocorra a regulagem da plataforma, dos ventiladores, das facas de corte e das peneiras, por exemplo, que podem passar despercebidos na hora do uso.
Neste texto, vamos te explicar os problemas mais comuns encontrados nas colheitadeiras e a importância da manutenção preventiva para se evitar problemas.
Principais perdas relacionadas à colheitadeira de grãos.
Embora robustas, as colheitadeiras são equipamentos delicados, suscetíveis às condições de uso e que, por isso, precisam do olhar atento de todos aqueles que a operam.
Nas lavouras, nós temos as tradicionais perdas resultantes de intempéries climáticas, de pragas ou doenças, e há, também, perdas relacionadas às colheitadeiras, que são chamadas de perdas de plataforma, resultantes da interação da máquina com a lavoura, ou perdas internas, ocasionadas pelos componentes internos.
O fato é que essas perdas de plataforma não são pequenas. Conforme a Embrapa, a plataforma de corte é responsável, acredite, por até 85% das perdas de grãos durante a colheita, além de gerar custos elevados de manutenção. Essas perdas estão relacionadas, principalmente, à má regulagem e à deficiências de projeto das máquinas.
Colheitadeira com problema atrasa a colheita e, por consequência, reduz os preços da comercialização ao produtor, além de levar à perda da qualidade dos grãos. Além disso, se o grão está no ponto de colheita e o equipamento apresenta problemas, o agricultor terá, inevitavelmente, que arcar com os custos de uma locação e, possivelmente, de mão de obra extra.
Ainda falando em perdas financeiras, reparos de emergência, em qualquer equipamento, têm custos elevados. Sem falar que, se o produtor precisar da máquina para ontem, será necessário aceitar a proposta da empresa disponível – mesmo que não tenha o melhor atendimento, o melhor preço ou serviço.
Pontos que devem ser observados nas colheitadeiras
Quem opera a colheitadeira pode e deve estar atento a alguns itens básicos que, quando irregulares, indicam que algo não vai bem com a máquina.
Nas correias, é necessário observar a presença de algum tipo de óleo ou graxa, que indique vazamentos. No sistema de combustível, é importante verificar se a água e as impurezas estão presentes no pré-filtro e se o anel de coloração vermelha está boiando. Esse é um indicativo de água no combustível, que pode danificar o sistema e o equipamento.
É essencial também manter a lubrificação das partes móveis, que podem levar ao desgaste das peças devido ao atrito repetitivo. Se a máquina está apresentando trepidações incomuns, chame um técnico, pois esse é um sinal de que os rolamentos e polias estão desgastados. Esse é um problema que deve ser resolvido para evitar que outras peças sejam afetadas.
Outro ponto que deve sempre ser observado é a depreciação do maquinário. No caso das colheitadeiras, os custos com prevenção não devem ultrapassar 25% do valor do equipamento após o quarto ano de uso.
Dicas para manter a regulagem da colheitadeira em dia
A manutenção preventiva é essencial e, para isso, é necessário programá-la, sem afetar qualquer fase da colheita. Uma colheitadeira bem regulada tem uma boa performance no campo e ainda evita gastos desnecessários e emergenciais.
Para evitar um impacto muito elevado nas plantas, que pode desencadear problemas, é necessário observar a velocidade de operação, que, por sua, é influenciada por diversos fatores, como regularidade do terreno; produtividade; presença de obstáculos ou plantas daninhas; tipo de plataforma, autonivelante ou rígida; e até a habilidade do operador.
Por isso, é importante capacitar o operador para o uso do maquinário e para os processos agrícolas envolvidos. Afinal, ele é quem estará na linha de frente e será responsável pelo zelo, pela boa e correta regulagem das máquinas.
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