Elas já deixaram de ser exceção no agronegócio e, hoje, ocupam um importante espaço neste mercado: conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres no agro são responsáveis, atualmente, por liderar cerca de 947 mil propriedades rurais no País, o que representa 30 milhões de hectares.
Claro que as mulheres sempre estiveram presentes neste espaço, no entanto, nem sempre ocuparam um espaço de liderança. Os desafios da mulher rural foram e continuam sendo grandes, e ainda há muito a evoluir para conquistar a igualdade de gênero no campo.
Onde estão as mulheres no agronegócio?
As mulheres estão inseridas em diferentes segmentos na área do agronegócio, atuando como pesquisadoras, pecuaristas, produtoras, engenheiras agrônomas, empreendedoras, executivas e professoras universitárias, por exemplo.
Conforme uma pesquisa realizada pela Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, 59,2% das mulheres no agro são proprietárias ou sócias, enquanto que 30,5% fazem parte da diretoria, atuando como administradoras, gerentes ou mesmo coordenadoras. Um número menor, 10,4%, atua como funcionária ou colaboradora.
Vale lembrar que um dos principais exemplos de empoderamento feminino na agricultura está no fato de elas estarem ocupando cargos de sucessão familiar, algo que, até pouco tempo, não existia. Mas, como falamos no início deste texto, há muitos desafios a serem enfrentados.
O que elas precisam enfrentar no agronegócio?
Embora as mulheres tenham conquistado mais espaço no setor do agronegócio, ainda estão longe de ocupar o mesmo número de cargos de liderança do que os homens. A desigualdade persiste quando se trata de cargos e posições e há, assim como em outras áreas da sociedade, disparidade salarial entre homens e mulheres.
Para se ter uma ideia, segundo informações de um estudo publicado pela Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), no Brasil, o salário médio de uma mulher com formação superior equivale a 62% do que ganha um homem com o mesmo conhecimento.
Além de enfrentarem triplas jornadas, muitas mulheres que trabalham em tarefas domésticas não têm sua função reconhecida, já que essas são obrigações inerentes do sexo feminino. E isso acaba tornando ainda mais difícil a luta pela igualdade de gênero no meio rural.
Muitas mulheres enfrentam a falta de oportunidades, devido, por vezes, à falta de acesso à educação, a treinamentos ou empregos; preconceito por quererem ocupar uma função que, até então, era exercida por homens; e o acesso limitado a recursos.
Superar esses desafios é essencial para ter um desenvolvimento agrícola mais inclusivo, oportunizando que mais mulheres tenham acesso à educação e a oportunidades, permitindo que elas possam desempenhar o seu trabalho de forma igualitária.
Avanços femininos no agronegócio: o que é necessário para evoluir?
De forma geral, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece algumas medidas, que podem ser adotadas pelas corporações, para que haja o avanço das mulheres no mercado de trabalho.
Aqui, podemos citar desde o estabelecimento de lideranças corporativas sensíveis à igualdade de gênero; o tratamento justo de homens e mulheres; a promoção da saúde, segurança, bem-estar e educação para todos da equipe; o apoio ao empreendedorismo e à promoção de políticas de empoderamento; e o registro dos progressos na empresa quanto à conquista da igualdade de gênero.
Na prática, é essencial oferecer a elas o acesso a recursos financeiros e oportunidades de negócios, por meio de programas de microcrédito, treinamento em empreendedorismo ou mesmo o apoio ao desenvolvimento de cooperativas e associações de mulheres rurais.
O investimento em educação e capacitação é fundamental para que possam desenvolver as habilidades necessárias para a realização de atividades econômicas no mercado. Neste ponto, podemos citar a formação em técnicas agrícolas, gestão, marketing e habilidades digitais.
É fundamental, também, que as mulheres tenham acesso a recursos produtivos, como terra, água, insumos, sementes de qualidade e novas tecnologias, e que tenham o incentivo dos homens para participar ativamente das atividades, inclusive em organizações de agricultores, comitês e demais grupos de tomada de decisão.
Elas têm capacidade de sobra para alçar voos mais altos no agronegócio, assim como em qualquer área que desejam trabalhar. No entanto, a luta pela equidade de gênero deve ser de todos, para que essa evolução não seja tão árdua quanto é.
Na Mann Peças Agrícolas, estamos comprometidos não apenas com a excelência no agronegócio, mas também com a promoção da igualdade de gênero no local de trabalho.
Além de oferecer peças de qualidade, a Mann também se dedica a oportunizar o crescimento e a realização profissional de todas as pessoas, independentemente do gênero. Junte-se a nós nessa jornada rumo a um agronegócio mais inclusivo e igualitário. 💡🚀